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GESTOR DE PESSOAS – QUEM É, O QUE FAZ E QUAIS AS TENDÊNCIAS DA PROFISSÃO

Foto do escritor: Fernando FreitasFernando Freitas

Atualizado: 10 de mar. de 2022



Investir ativamente em sua equipe tem o potencial de tornar os profissionais mais satisfeitos e engajados no trabalho, impactando nos objetivos da empresa.


Mas não estamos falando, necessariamente de ações de menor escala, como fornecer jogos, lounge e lanches, e sim de trabalhar em direção a um objetivo maior.


É aqui que entra em cena a gestão de pessoas, prática crucial para o crescimento consistente dos negócios, maximizando o desempenho do pessoal contratado e alcançando melhores resultados.


Sendo assim, vamos compartilhar neste artigo algumas informações interessantes sobre a profissão Gestor de Pessoas:


O que é gestão de pessoas?


A gestão de pessoas é um conjunto de estratégias utilizadas para gerenciar o capital humano das empresas. Essa gestão utiliza técnicas de recursos humanos para conciliar os objetivos dos colaboradores com as metas da organização.


Portanto, se faz necessário que o Gestor faça as devidas avaliações dos cenários em que a empresa se encontra e comece a destacar as habilidades e possíveis direcionamentos estratégicos dos colaboradores da equipe.


Os objetivos da gestão estratégica de pessoas envolvem:


  • A partir de ações implementadas pelo RH, desenvolver estratégias que visam melhorar a performance no cumprimento de metas;

  • Trabalhar pela melhora da performance e Alto Desempenho;

  • Estabelecer as pessoas com boas qualificações e habilidades, além de guia-las para os setores mais adequados.

  • Desenvolver um ambiente de comunicação agradável e respeitoso;

  • Incentivar uma abordagem e interação mais ética.


Quem é o Gestor de Pessoas?


A mudança no perfil do consumidor e a forma como as empresas atuam no mercado alteraram a relação entre os colaboradores e a forma como são tratados nas organizações.


Nas empresas de médio e grande porte, principalmente aquelas com produção em massa e diversos níveis hierárquicos, a gestão de recursos humanos evoluiu para um processo sistemático, orientando os gestores sobre como tratar e interagir com seus líderes.



Este processo necessita de profissionais em vários níveis; com isso, o RH pode e deve contar com diversas competências para aprimorar a cultura organizacional e extrair o melhor de cada colaborador.


Analista de RH


Este é um profissional que está ligado a funções mais generalizadas e normalmente conhece bem os principais aspectos da cultura organizacional da empresa.


O Analista de RH fará a mediação dos interesses da empresa em relação aos interesses dos funcionários, como informações sobre abonos, protocolos, cultura, etc.


Este profissional trabalha para desenvolver um relacionamento saudável e produtivo entre as partes e, com isso, incentivar a melhoria contínua.


As funções do cargo que será exercido irão definir exatamente quais as capacitações necessárias para este gestor, sendo mais comuns as formações em: Administração de Empresas, Gestão de Recursos Humanos.


Dentre algumas das responsabilidades do Analista de RH, estão:


  • recrutamento e seleção;

  • elaboração e aplicação de pesquisa de clima organizacional;

  • cálculo e fechamento de folha de pagamento;

  • levantamento da necessidade de treinamento;

  • elaboração e aplicação de treinamento;

  • análise de cargos e salários;

  • construção de relatórios e gráficos;

  • apoio à gestão das áreas;

  • propostas de melhorias;

  • diagnóstico comportamental.


Coordenador de RH


O Coordenador de RH é quem lida com as especificidades e com os processos do setor, assim como do Departamento Pessoal e das atividades que envolvem recrutamento, seleção e treinamento.


Apesar deste profissional ter qualificações estratégicas, ele também está muito ligado às questões processuais e operacionais, por isso é uma peça muito importante na integração do processo produtivo.


O Coordenador de RH também está sempre atento à legislação trabalhista é quem cuida para que a empresa cumpra as determinações conforme o Ministério do Trabalho e as normas da CLT.


Também é um cardo que aceita várias fontes de formação, apesar de ter um destaque aquele profissional com formação direta na área de RH e que possua conhecimento sobre responsabilidades legais.


As possíveis funções de um Coordenador de RH, são:


  • análise e conferência da folha de pagamento;

  • representação da empresa junto a Sindicatos e demais órgãos trabalhistas;

  • implantação de cargos e salários;

  • proposta de benefícios;

  • coordenação das atividades do DP;

  • gestão de pessoas.


Gerente de RH


Este profissional se destaca por sua experiência e seu conhecimento profundos na área de RH e nas principais ferramentas de gestão que possam aprimorar a cultura organizacional da empresa.


O Gerente de RH se destaca no ambiente estratégico, realizando mapeamento de processos e trabalhando em conjunto com Gestores de outros setores.


Responsável por todos os processos que envolvam a gestão de pessoas e na ambientação e adaptação das mesmas, ele pode ser um Administrador, um Psicólogo ou até mesmo um Engenheiro de Segurança do Trabalho, desde que tenha conhecimentos e experiência aprofundados em desenvolvimento pessoal, gestão de cargos e salários, legislação trabalhista, indicadores de desempenho, liderança em processos e de pessoas.


Perfil geral do gestor de pessoas


Durante a atuação no RH, o profissional do setor deve ser versátil e amigável, criando assim uma boa relação com toda a equipe.


Além disso, é importante que o Gestor de Pessoas seja um bom líder a fim de construir uma cultura organizacional sólida e uma imagem externa de credibilidades, além de estimular o desdobramento das metas e objetivos da organização.



Sendo assim, é interessante que este profissional esteja disposto a se colocar afrente da empresa e definir fatores importantes ao se recrutar colaboradores. Ou seja, é preciso saber encontrar os talentos que a empresa realmente necessita para ganhar mais possibilidade de escala.


E é por isso que se torna cada vez mais importante um sistema de remuneração e bonificação que condiz com o perfil profissional daqueles que a empresa precisa.


Ferramentas para Gestores de Pessoas


Existem indicadores que avaliam o impacto das ações de um profissional, ferramenta, processo ou setor. Ao se estabelecer quais os indicadores mais importantes para definir o sucesso dessas ações, se torna possível tomar atitudes de contenção, antes que algo pior aconteça.


Por isso é importante que sejam coletados dados confiáveis dos resultados recorrentes para que estes indicadores possam ser avaliados. Alguns dos indicadores mais suados, são:


1. Avaliação de competências


Esta avaliação visa relacionar as atitudes, competências e habilidades dos colaboradores e assim compreender os pontos fortes de cada um deles e também os pontos que necessitam de um plano de correção para estimular melhores práticas.


2. Produtividade


A produtividade é uma das chaves para o sucesso de um negócio. É um indicador que merece atenção especial, pois dá tração no processo produtivo que gera resultados e, consequentemente, lucro.


Uma forma simples para definir a produtividade de um setor, colaborador, ou mesmo um gestor, é analisar a relação entre o custo empregado nas atividades em questão, o tempo necessário para a conclusão das mesmas e a qualidade final do produto.


Assim, você será capaz de descobrir se o investimento feito naquela fonte de trabalho está sendo paga. Ou seja, se os custos para manter este profissional estão gerando retorno financeiro.


3. Retorno sobre o Investimento (ROI) em Treinamentos


É natural que a empresa espere obter retorno financeiro de um colaborador, após um tempo de capacitação inicial, ou continuada. Afinal qualquer funcionário é uma espécie de ativo da empresa, que possivelmente dará retorno ao valor investido.


Caso sejam empenhados treinamentos diretos, que possuem custos com material, hora, dependências do local, etc., é possível estabelecer um retorno mínimo ao investimento.


Exemplo:


Uma loja faturou R$ 50.000,00 no primeiro mês com os 5 vendedores, os quais possuem um salário de 2000 e fizeram um curso de vendas no valor de R$ 1.000,00, cada um:


Custo = 5 * (R$ 1.000,00 + R$ 2.000,00)


ROI = (resultados do período – custo) / custo


ROI = (50.000-15000) / 15000


ROI = 2,33


Esse resultado significa houve receita de R$ 2,33 sobre cada R$ 1,00 investido nestes colaboradores. É sinal de que o treinamento superou o esperado e os colaboradores se mostraram produtivos depois do treinamento.


4. Taxa de absenteísmo


Muitos profissionais se ausentam por diversos motivos justificáveis, como saúde, família e educação. Assim como alguns se ausentam por motivos nem tão justificáveis assim.


O fato é que o índice de ausência pode acarretar em prejuízos incalculáveis para a empresa, caso estas ausências se manifestem por muito tempo, por isso é interessante verificar a possibilidade de desligamento em alguns casos.


5. Taxa de turnover


E por falar em desligamento, é preciso se atentar ao índice de saída dos funcionários de sua empresa. Já falamos sobre este assunto neste artigo, que está muito esclarecedor.


A taxa de turnover é uma ferramenta que te ajuda a prever se seu ambiente de trabalho está causando a saída dos funcionários, ou se existe outros fatores influenciando negativamente na permanência dos mesmos.


6. Como o Gestor de Pessoas recolhe os resultados?


Antes de pensar em resultados, é preciso pensar nas motivações para o que se deseja ser avaliado e quais os indicadores serão escolhidos como métricas para estas hipóteses.


Antecipar-se aos problemas minimiza custos, reduz os gargalos e conflitos mantendo a ordem e o bom andamento das atividades.


Por isso, ao notar alguma discrepância nos processos internos, faça perguntas, peça feedbacks, pesquise e avalie os índices, afim de sugerir uma análise mais precisa de algum destes fatores.


Tendências da gestão de pessoas


Antigamente a relação entre funcionário e empregador era muito mais ligado aos termos burocráticos e legais e por isso a gestão se dava de forma mais protocolar. Entretanto, hoje nos deparamos com um ambiente de trabalho muito mais humanizado e complexo.


O que antigamente era considerado exclusivamente inerente ao relacionamento interpessoal, hoje é fator decisivo para um ambiente de trabalho favorável à Alta Performance em Gestão.


Dessa maneira, os profissionais foram se tornando mais exigentes com seu ambiente de trabalho, assim como as empresas com sua cultura organizacional e os gestores com seus parâmetros de produtividade.



A saúde mental, o grau de satisfação, a fidelização e o compromisso com o trabalho são elementos que devem sempre permanecer no radar das empresas e de toda a equipe RH.

Mesmo em um mundo tão moderno e baseado na automação, valorizar as pessoas ainda se mantém como a principal política de gestão de pessoas. É possível aliar esses dois princípios para alcançar vantagem competitiva e um lugar diferenciado no mercado.


As empresas e toda a equipe de RH devem ter sempre no radar a saúde mental, a satisfação, a lealdade e a dedicação ao trabalho.


Mesmo em uma sociedade tão contemporânea e automatizada, a política de gestão de pessoas mais importante continua sendo as pessoas. É combinar essas duas ideias para obter uma vantagem competitiva e uma posição de mercado distinta.



Por isso, assista também a esta aula gratuita, onde falamos sobre a gestão de alto desempenho e damos o caminho para se tornar um gestor capacitado para a atualidade.




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